Vai para cinco anos que, ao trocar impressões com
Joaquin Manzano, de Arévalo, sobre a obra que tem exposta no “Vale de los
Sueños”, que Federico Eguia, em boa hora, semeou em Puebla de de La Sierra,
dizia-me ele que, então, o que lhe consumia o espírito era o “touro”: Altamira,
Guisando, la Fiesta, eram temas que o deixavam perplexo. Nós, que pensávamos
numa qualquer iniciativa que unisse os artistas plásticos da velha Ibéria num
evento anual, tomamos à letra a inspiração daquele momento e elegemos o “touro”
para congregar os artistas que quisessem aderir. Nasceu assim o 1.º Encontro
Internacional de Arte ao Redor do Touro. As instalações da Galeria Vieira
Portuense foram pequenas para tantos autores que aí foram apresentar os seus
trabalhos.
O segundo evento sobre o tema foi em Sousel, sítio
da mais antiga praça de touros do país, mostrando-se pequeno o seu Centro
Cultural para as gentes que, de muitos lados, por lá apareceram para a
inauguração da alargada mostra sobre o touro.
O ano passado foi a tradição das “chegas” de
Montalegre que nos levou ao Eco-museu do Barroso, que também se encheu para o
3.º Encontro.
Este ano é em Guimarães, berço da nacionalidade,
que se realiza o 4.º Encontro Internacional de Arte ao Redor do Touro, em
parceria com a ASMAV que, renascendo das cinzas, tem mostrado uma actividade
cultural sem paralelo na sua alongada história.
Mais de sete dezenas de artistas plásticos, de
várias latitudes, apresentam as suas obras de variadas técnicas e multíplices
mensagens, mas todas com um só tema: o touro.
Agostinho
Costa
Sem comentários:
Enviar um comentário